É possível que meu filho tenha TDAH?
Por Leticia Paranhos
Essa é uma das perguntas que recebo com mais frequência.
Na escola, crianças com tdah podem apresentar problemas de comportamento, como desatenção, dificuldades com regras e limites, no relacionamento com os colegas e com pais e professores, mas os meninos apresentam maior índice de hiperatividade e impulsividade que as meninas.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ocorre em 3 a 5% das crianças. Sua prevalência é maior entre os meninos, sendo o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo pelo resto da vida.
O TDAH geralmente se caracteriza pela dificuldade para manter o foco nas atividades propostas, agitação motora, inquietude e impulsividade. Ele é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas.
Em adultos, ele pode aparecer através de esquecimento, inquietude, impulsividade, desatenção. Eles podem parecer egoístas, podem ter ansiedade, depressão e até mesmo tendência a abusar de drogas e álcool.
Estudos apontam que portadores de TDAH têm alterações na região frontal do cérebro, ou seja, ele não é um resultado da “falta de educação”, conflitos psicológicos ou cultura de determinado grupo.
A região frontal do nosso cérebro é a responsável pela capacidade de organização, planejamento, memória, autocontrole, por prestar atenção e controlar ou inibir comportamentos inadequados.
Mas o que causa essa condição?
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de alterações no lobo frontal, como o uso de álcool e nicotina durante a gravidez, exposição ao chumbo. Outros, são responsáveis por uma predisposição ao TDAH, como a hereditariedade.
Portanto, preste atenção aos sinais, e caso seu filho tenha sintomas nítidos, procure um especialista.
